Quando avós e netos se juntam, todos ganham, conclui a ciência. Ganham os miúdos que encontram neles um apoio para superar os obstáculos. E ganham também os idosos que correm menos risco de depressão ou sintomas de Alzheimer. Mas tudo na dose certa. Avós que passam toda a semana com as crianças ficam exaustos e diminuem a sua agilidade mental. E netos que, em vez de frequentar as creches, estão com os avós apresentam níveis de desenvolvimento mais baixos.
Amigos nas horas difíceis
[label type=”success”]Data[/label] 2008
[label type=”success”]Entidade[/label] Universidade de Oxford (Grã-Bretanha).
[label type=”success”]Conclusão[/label]Crianças são mais felizes e equilibradas quando os avós ajudam na sua educação.
[note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label] São conselheiros e psicólogos dos miúdos, são aqueles que ajudam a superar traumas com os divórcios dos pais, que sabem o que dizer quando os netos não sabem o que fazer com os colegas mais conflituosos na escola, que até conseguem orientar nas grandes decisões como a escolha da universidade ou nas coisas pequenas do dia-a-dia. Estas são algumas das vantagens que os investigadores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, encontraram ao analisar a relação entre 1500 crianças e adolescentes, de 11 a 16 anos, e os seus avós. O impacto no bem-estar dos mais novos, contudo, só é profundo entre os avós que assumem uma participação ativa na educação dos netos.[/note]
Não é só dar, também é receber
[label type=”success”]Data[/label]2013
[label type=”success”]Entidade[/label] Instituto do Envelhecimento da Universidade de Boston (EUA).
[label type=”success”]Conclusão[/label]Avós que se sentem úteis têm menos riscos de depressão.
[note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label]Os nossos avós cuidaram de nós durante toda a infância e adolescência. Agora chegou a nossa vez de retribuir. Certo? É uma meia verdade que só fica completa quando deixamos que eles também cuidem de nós. E cuidar é deixá-los fazer coisas tão simples como pagar a conta do restaurante de vez em quando, oferecer uns envelopes com umas notinhas no aniversário ou dar conselhos sobre assuntos do dia-a-dia. São alguns pormenores que contribuem para eles se sentirem autónomos e, com isso, reduzir os riscos de depressão, conclui o estudo do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Boston. A investigação que, entre 1985 e 2004, analisou o comportamento de 376 avôs, entre os 75 e 77 anos, e de 340 netos, com uma média de 31 anos, mais não diz aquilo que já suspeitamos. Os avós que continuam a sentir-se úteis e capazes de retribuir a ajuda são os que apresentaram uma melhor saúde mental.[/note]
Procuram-se avós em part-time
[label type=”success”]Data[/label] 2014
[label type=”success”]Entidade[/label]Universidade de Melbourne (Austrália).
[label type=”success”]Conclusão[/label]Ficar com os netos faz bem à memória e adia os sintomas de Alzheimer.
[note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label]Durante 10 anos, os investigadores da Universidade de Melbourne pegaram em 131 avozinhas, entre 57 e 68 anos, e fizeram uma bateria de testes. Avaliaram a memória, a capacidade de planeamento e a velocidade de raciocínio. E obtiveram dois tipos de resultados. As avós que cuidavam dos netos um dia por semana tiveram melhor desempenho em todas as provas. Nos exercícios de memória, elas lembraram-se de 69% das palavras, mais 6% do que as que as que nunca ficam com os netos. Os testes serviram igualmente para demonstrar que o envolvimento dos avós na educação dos netos só é positivo com conta, peso e medida. As que cuidavam das crianças com maior frequência tinham um desempenho cognitivo pior, possivelmente devido à exigência da função. As avós que ficavam com os netos cinco ou mais dias da semana recordavam-se apenas de 55% das palavras. E a velocidade de raciocínio delas, em média, revelou-se 21% mais lento que de todas as outras.[/note]
Hoje e manhã não vou para os avós
[label type=”success”]Data[/label] 2009
[label type=”success”]Entidade[/label] Universidade de Londres, Reino Unido.
[label type=”success”]Conclusão[/label] Infantários são melhores para os bebés do que as avós.
[note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label]São mais as desvantagens do que as vantagens de deixar um bebé com a avó em vez de delegar essa responsabilidade nas educadoras das creches. O estudo da Universidade de Londres, com 4800 crianças nascidas entre 2000 e 2001, demonstrou que os netos sob os cuidados diários das avós apresentaram sintomas de hiperatividade, comportamentos anti-sociais e problemas de comportamento quando atingiram os três anos. O seu desenvolvimento cognitivo também ficou atrás dos outros, excepto no capítulo da linguagem. Se, por um lado, as crianças das creches estavam mais bem preparadas para reconhecerem as cores, as letras, os números, as formas e os tamanhos, por outro, as que estiveram com os avós apresentaram um vocabulário mais desenvolvido. A explicação pode estar no facto de avós falarem mais do que brincarem com os netos e de conversarem mais pausadamente, corrigindo os seus erros com mais frequência.[/note]
Mimos em excesso dão cabo da saúde
[label type=”success”]Data[/label] 2017
[label type=”success”]Entidade[/label] Universidade de Glasgow, Reino Unido.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Avós demasiado permissivos provocam danos na saúde dos netos.
[note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label] O trabalho da Universidade de Glasgow sugere que os avós, muitas vezes, tendem a superalimentar as crianças. Os investigadores analisaram 56 estudos com dados de 18 países, entre os quais o Reino Unido, EUA, China e Japão. O relatório concentrou-se na influência dos avós que, embora não substituíssem os pais, cuidavam das crianças numa base quase diária. Alimentação incorreta – com os doces e os salgados a servirem de “instrumentos emocionais” – e pouco exercício físico foram os principais aspetos apontados. Os pais, por seu turno, relataram sentir-se impotentes por estarem dependentes deles para ajudá-los com os filhos.[/note]