As birras das crianças são inevitáveis. É assim que elas aprendem a controlar as emoções, a testar os limites e a afirmar a sua autonomia perante os pais. A única saída é perceber como funcionam e o que fazer (ou não fazer) para tornar esta fase menos penosa (e ruidosa) para ambas as partes.
Choros e gritos traduzidos num gráfico
[label type=”success”]Data[/label]2011[label type=”success”]Entidade[/label]Universidades de Minnesota e de Connecticut, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Birras obedecem ao mesmo padrão. [note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label] Os sons que as crianças fizeram durante os acessos de raiva foram gravados e traduzidos em gráficos, permitindo verificar que a sua frequência e combinações obedeciam a padrões regulares. Alguns exemplos:
[dropcap size=”1.3″]1[/dropcap] Gritar e berrar surgiram juntos;
[dropcap size=”1.3″]2[/dropcap]Chorar, berrar e pontapear também acabam por se juntar numa birra;
[dropcap size=”1.3″]3[/dropcap]Atirar objetos, puxar e empurrar tenderam igualmente a combinarem-se entre si;
[dropcap size=”1.3″]4[/dropcap]Variações de choro, queixumes, pontapés e procurar conforto também apareceram juntos.
Se antes acreditava-se que a birra tinha dois estágios distintos, agora os investigadores dizem que os momentos mais e menos exaltados estão entrelaçados. Uma forma de acabar com a birra mais cedo pode passar por não fazer nada durante os picos de raiva. Ao tentar conversar, nessa fase, a criança fica mais stressada por não conseguir processar a informação de maneira a dar uma resposta.[/note]
Smartphones só servem para atrapalhar
[label type=”success”]Data[/label]2015
[label type=”success”]Entidade [/label]Universidade de Boston, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Tablets e smartphones para acalmar birras fazem mais mal que bem.
Só mais cinco minutos, ouviste?
[label type=”success”]Data[/label]2016
[label type=”success”]Entidade [/label]Universidade de Washington, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Avisos de 2 ou 3 minutos para acabar com as brincadeiras no computador ou no tablet só pioram a birra. [note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label]Estão enganados os que pensam que essa solução usada para facilitar a interrupção de uma atividade tão absorvente para elas poderia suavizar a transição para aceitarem outras tarefas. O que mais facilmente desliga esse interruptor são as rotinas que estabelecem horários para essas brincadeiras. Ou então provocar uma pausa de uma forma natural, como avisar que chegou um amigo a casa ou que vão todos sair para um passeio. Para as crianças entre 1 e 5 anos, o pior que se pode fazer é avisar que o tempo se vai esgotar em alguns minutos. Esse é o melhor caminho para desencadear uma birra.[/note]
Não mais do que uma birra de vez em quando
[label type=”success”]Data[/label]2012
[label type=”success”]Entidade [/label]Faculdade de Medicina de Feinberg da Universidade de Northwestern, Chicago, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Birras diárias indicam possíveis problemas comportamentais.
[dropcap size=”1.3″]1[/dropcap]Birras diárias podem ser indício de perturbações mais profundas.
[dropcap size=”1.3″]2[/dropcap]Birras atípicas não têm razão aparente, ao contrário das que manifestam frustração, cansaço, zanga ou fome.
[dropcap size=”1.3″]3[/dropcap]Birras prolongadas (mais de 5 minutos) pelo menos uma vez por semana são atípicas.
[dropcap size=”1.3″]4[/dropcap]Manifestações agressivas – morder ou pontapear – não são muito expressivas na maioria das crianças, tal como birras na presença de adultos que não os pais.
Qualquer destes comportamentos menos habituais pode, contudo, ocorrer de vez em quando; é somente quando acontecem regularmente que devem suscitar alguma atenção.[/note]
Queres ver como consigo ser mais irritante?
[label type=”success”]Data[/label]2015
[label type=”success”]Entidade [/label]Instituto de Aprendizagem e de Ciências do Cérebro da Universidade de Washington, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Crianças sabem que estão a fazer birras a partir dos 24 meses. [note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label]Não será uma grande novidade para os pais, mas para os cientistas foi uma enorme surpresa descobrir que, a partir dos 2 anos, as crianças compreendem que os sons que fazem influenciam as pessoas à sua volta. E também sabem como adaptar a intensidade dos seus choros, queixumes, gemidos ou berros de acordo com diferentes situações. A descoberta poderia também explicar porque as crianças se tornam particularmente indisciplinadas a partir dos 2 anos, que é quando já aprenderam a distinguir entre sons suaves e estridentes.[/note]
Usando as palavras para controlar a raiva
[label type=”success”]Data[/label]2012
[label type=”success”]Entidade [/label]Park University, Parkville, Missouri, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Crianças com linguagem mais desenvolvida lidam melhor com a raiva.
[dropcap size=”1.3″]1[/dropcap]Procurar apoio junto da mãe, perguntando se ela já acabou a tarefa ou se ainda demorava muito;
[dropcap size=”1.3″]2[/dropcap]Perguntar à mãe o que está dentro do embrulho;
[dropcap size=”1.3″]3[/dropcap]Contar em voz alta para o tempo passar mais depressa ou inventar uma história para suportarem melhor a espera.
As crianças que, aos 3 anos, tinham as habilidades verbais mais desenvolvidas foram também as que, aos 4 anos, procuraram apoio sem grandes agitações de humor, toleraram a espera e ainda souberam se entreter enquanto aguardavam. Significa isto que melhores habilidades linguísticas ajudam as crianças a verbalizar em vez de recorrerem às emoções para transmitirem as suas necessidades. A linguagem desenvolve igualmente a imaginação para enfrentar situações frustrantes como a espera.[/note]
Socorro, não aguento mais!
[label type=”success”]Data[/label]2012
[label type=”success”]Entidade [/label]Universidade de Oregon, Eugene, Oregon, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Pais exaltados = birras intensas e frequentes
Já pensaste no que fizeste?
[label type=”success”]Data[/label]2016
[label type=”success”]Entidade [/label]Universidade de Oregon, Eugene, Oregon, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]: Dar um tempo às crianças para refletir sobre o mau comportamento só é eficaz quando as regras estão previamente definidas.
[dropcap size=”1.3″]1[/dropcap]Dar demasiados avisos.
[dropcap size=”1.3″]2[/dropcap]Falar demasiado durante esse tempo imposto às crianças.
[dropcap size=”1.3″]3[/dropcap]Deixar a criança decidir quando esse tempo chega ao fim.
Os pais não podem aplicar esta estratégia quando eles próprios estão irritados. Ao exaltarem-se, a reação expectável é que as crianças também fiquem mais sobressaltadas. Os especialistas aconselham regras claras, linguagem simples e consequências bem definidas. A criança deve saber, por exemplo, que vai ficar privada da atenção e carinho dos pais.
Esta é, no entanto, uma estratégia que pode vir a resultar num pedido de desculpa da parte dos filhos. Para os pais, esse intervalo poderá servir também para se recomporem e ganharem fôlego para, findo o tempo, falarem sobre o que aconteceu sem a interferência das emoções. E, em vez de os pais focarem tanto no mau comportamento, poderiam recompensar o bom comportamento que os filhos demonstraram após o sucedido, sugerem os especialistas.[/note]
A culpa não é minha, é do intestino
[label type=”success”]Data[/label]2017
[label type=”success”]Entidade [/label]Universidade de Ohio, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Bactérias intestinais provocam mudanças de humor.