Durante gerações, pais, professores ou media disseram que os rapazes são melhores a Matemática. De tanto repetir, o estereótipo minou a autoconfiança e o desempenho delas nesta disciplina. Esse é o perigo dos preconceitos: cresce nas mentalidades, tornando-se numa verdade inquestionável. Dezenas de estudos científicos desconstroem agora o mito que pode ser uma das razões para a baixa percentagem de mulheres nas áreas das tecnologias e das ciências exatas.
Os estereótipos na avaliação (parte 1)
[label type=”success”]Data [/label]2015
[label type=”success”]Instituição[/label]Universidade de Telavive, Israel.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Preconceito dos professores prejudica aprendizagem das raparigas na disciplina de Matemática.
[note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label]Sabendo à partida que a percentagem de mulheres nas ciências exatas é reduzida, os investigadores israelitas quiseram perceber se o desempenho delas é também mais baixo nos testes das escolas. Regressaram ao ensino básico e, em vez de compararem o desempenho com os rapazes, procuraram ver como eventuais esterótipos interferem na avaliação deles e delas. As crianças entre os 11 e 12 anos foram divididas em dois grupos, tal como os professores, que avaliaram os testes em condições distintas: o primeiro grupo de docentes sabia os nomes dos alunos enquanto o segundo grupo corrigiu provas anónimas. E todos os professores desconheciam que as respostas eram muito semelhantes nas provas feitas pelos dois grupos de alunos.
[label type=”success”]Rsultado[/label]: os professores que corrigiram os testes identificados deram notas mais altas aos rapazes, enquanto que, nas provas anónimas, as classificações mais elevadas foram atribuídas às raparigas. Esse fenómeno, contudo, só aconteceu nos exames de Matemática e de Ciências, tendo-se dissipado nas outras disciplinas. E, assim, com um exercício tão simples, os investigadores concluíram que os professores subestimam as aptidões das raparigas, o que poderá produzir um efeito a longo prazo não só na autoconfiança como no desempenho delas, advertem.[/note]
Os estereótipos na avaliação (parte 2)
[label type=”success”]Data [/label]2016
[label type=”success”]Instituição[/label]NYU Steinhardt
[label type=”success”]Conclusão[/label]Preconceito dos dos docentes começa nos jardins-de-infância.
Passando os testes a pente fino
[label type=”success”]Data [/label]2008
[label type=”success”]Instituição[/label]Universidade de Wisconsin-Madison, EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]rapazes são melhor a Matemática é um mito e não uma evidência.
Houve estados em que os rapazes tiveram notas mais altas e outros estados em que as raparigas se saíram melhor. Somando todos os estados, todavia, a média final demonstrou que o avanço do sexo masculino não foi assim tão significativo. As dierenças nas pontuações variam entre 0,01 e 0,06, mostrando que as classificações médias de alunas e alunas eram praticamente as mesmas.[/note]
Políticas progressistas combatem as desigualdades (parte1)
[label type=”success”]Data [/label]2016
[label type=”success”]Instituição[/label]Queen Mary University of London.
[label type=”success”]Conclusão[/label]: Raparigas de países com políticas mais progressistas com melhor desempenho a Matemática.
Investigações anteriores dos mesmos autores tinham concluído o mesmo, embora não tivesse sido possível determinar qual o factor que mais pesou: as baixas expectativas das raparigas face ao mercado de trabalho ou o preconceito de que a Matemática não é para elas. Com esta investigação, os cientistas sentem uma maior segurança para afirmar que os valores e as opiniões sobre as mulheres produzem efeitos no seu desempenho escolar.[/note]
Políticas progressistas combatem as desigualdades (parte2)
[label type=”success”]Data [/label]2011[label type=”success”]Instituição[/label]Universidade de Wisconsin-Madison.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Igualdade de géneros é bom para eles e elas. [note note_color=”#faf9f2″ text_color=”#111111″ radius=”16″][label type=”success”]Resumo[/label]Os investigadores analisaram os resultados a Matemática e a Ciências de 86 países incluídos nos programas internacionais de avaliação PIZA e TIMSS. A investigação usou também um indicador de igualdade para determinar até que ponto os estereótipos contaminam o desempenho de rapazes e raparigas na Matemática. Após a análise dos dados, constataram que tanto elas como eles tendem a ter classificações mais altas a Matemática quando são educados em países onde as condições de igualdade são as melhores como será o caso das Filipinas, Eslovénia, Nova Zelândia, Irlanda ou Nicarágua. Tendo uma educação mais elevada, as mulheres têm carreiras mais ambiciosas e maiores rendimentos, variáveis que mais tarde podem se refletir na educação dos filhos de ambos os sexos.[/note]
E, agora, só para baralhar as ideias
[label type=”success”]Data [/label]2016
[label type=”success”]Instituição[/label]Universidades de Glasgow, no Reino Unido, da Califórnia e do Missouri, nos EUA.
[label type=”success”]Conclusão[/label]Medo das raparigas a Matemática é maior nos países desenvolvidos.